sexta-feira, 27 de março de 2009

Bento XVI e o Preservativo

O Papa Bento XVI defendeu esta terça-feira que a solução para o problema da sida não passa pela distribuição de preservativos, horas antes de aterrar na capital dos Camarões para a sua primeira visita ao continente africano.

«Não se pode resolver (o problema da sida) com a distribuição de preservativos», disse o Papa aos jornalistas a bordo do avião da Alitália que o levará até Yaounde, nos Camarões. Acrescentou que, «pelo contrário, a sua utilização agrava o problema».

Estas declarações do Papa têm vindo a suscitar reacções muito negativas em todo o Mundo, mas tentarei analisar estas afirmações de forma ponderada e com o unico intuito de esclarecer o leitor.

Vamos começar pelo início. Afinal o que defende a Igreja Católica neste caso? Defende que as relações sexuais devem ser mantidas apenas nos casamento, e com o objectivo de procriar. De resto a pessoa deve abster-se de sexo sendo esse aliás a doutrina pregada por Bento XVI para combater a SIDA: A abstinência.


Estará isto correcto? Vamos analisar a palavra de Deus:

Quando Deus criou Adão e Eva, logo em seguida proferiu a “bênção” sobre o casal; após isto, ambos “se tornaram uma só carne” (Gênesis 1:27 e 28; 2: 21-24). O sexo faz parte da perfeita criação de Deus qualificada como sendo “muito bom” (cf. Gênesis 1:31).

As Escrituras condenam a prática do sexo fora do casamento, pois tal atitude não faz parte do plano original de Deus:
"Alguém vai dizer: 'eu posso fazer tudo o que quero.' Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: 'Posso fazer qualquer coisa. Mas não vou deixar que nada me escravize.' O alimento existe para o estômago, e o estômago existe para o alimento. Sim, mas Deus acabará com os dois. O nosso corpo não existe para praticar a imoralidade, mas para servir o Senhor; e o Senhor cuida do nosso corpo. Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que alguém comete não afeta o corpo, mas a pessoa que comete imoralidade sexual peca contra o seu próprio corpo. Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou e pagou o preço. Portanto, usem o seu corpo para a glória dele.” (1 Coríntios 6:12,13, 18-20)
“Mas eu digo: Já que existe tanta imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher, o seu próprio marido”. (1 Coríntios 7:2 BLH)
“O que Deus quer de vocês é isto: que sejam completamente dedicados a ele e que fiquem livres da imoralidade”. (1 Ts 4:3).


O sexo fora do casamento traz efeitos negativos:
a) Efeitos emocionais negativos (na grande maioria das pessoas): culpa, ciúme, ansiedade, medo de uma gravidez, etc...
b) Problemas de relacionamento: entre os namorados, familiares...
c) Efeitos espirituais: culpa, medo de Deus, ausência de vontade de estudar a Bíblia e orar...
d) Efeitos físicos: aumenta as possibilidades de uma gravidez indesejada e de contrair doenças venéreas


Porém, para Deus, cada vida vale muito. A Bíblia diz em Lucas 12:6-7 “Não se vendem cinco passarinhos por dois asses? E nenhum deles está esquecido diante de Deus. Mas até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois mais valeis vós do que muitos passarinhos.”


O que podemos então concluir da leitura das escrituras? Que a doutrina católica apesar de ter uma base correcta, tem uma aplicação incorrecta, sendo que as palavras do Papa vão totalmente contra a Palavra de Deus a partir do momento em que ele coloca vidas em risco por causa das suas convicções.

O conselho que eu dou é que realmente mantenha relações sexuais dentro do casamento pois é isso que Deus nos pede e vai mesmo mais longe: “Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado”. (1 Coríntios 7:9) Agora não caiam é na armadilha de casar apenas pelo sexo, porém se tem uma relação séria e já não dá mais para segurar seus desejos sexuais, então o melhor é casar de uma vez que Deus lhe dará as condições.

Porém se a pessoa não é casada, e mesmo assim cai na tentação da carne, não pense sequer duas vezes: use preservativo! Porque sua vida é importante para Deus, pecado não é a pessoa usar preservativo, pecado é manter relações fora do casamento e isso é que tem de ser vincado para que todos entendam.

Que Deus abençoe todos grandemente!!!

Alberto Sousa



3 comentários:

  1. Olá Amigo...

    A Igreja católica tem um problema sério ao adaptar as suas doutrinas aos problemas "modernos" que invadem o mundo...neste caso, é óbvio que o preservativo não é a cura, mas claro que é uma prevenção, uma vez que não se está com a ideia de transmitir novos valores a esses povos.

    Parabens pelo blog...vou ficar atento...passa pelo meu "luzdoamor.wordpress.com"

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  2. Ola meu irmão... não podia passar sem deixar esta mensagem que tirei do livro da Alexandra Solnado... (muito bom para ler).

    A DESPENALIZAÇÃO DO ABORTO

    Pensei escrever sobre este tema tão complexo. Sei que a confusão é grande. Se eu puder esclarecer, nem que seja um pouco…

    Sabendo que vivemos num mundo dual, onde os opostos coexistem, ou seja, não há dia sem noite, luz sem escuridão, céu sem terra, yin sem yang, vida sem morte, enfim sabendo que tudo o que existe no Universo tem o seu oposto, há que aprender uma lição essencial – a aceitação plena da coexistência simultânea dos dois. Pois ambos os opostos fazem parte da Unidade.

    Com esta abordagem podemos ver que, em relação à despenalização do aborto, tanto são válidos e legítimos os argumentos que a defendem, como os que a condenam. Cada associação ou cidadão que defende qualquer uma destas opções terá as suas razões mas o que interessa diferenciar aqui é uma questão essencial.

    - A escolha é de cada um.

    No livre-arbítrio ninguém tem o direito de interferir. Cada um saberá decidir o que é para si, sabendo também as consequências que isso implicará. Inclusivamente a nível kármico. Mas ninguém deverá fazer a sua opção só para agradar ou satisfazer o outro, a sociedade ou uma moral que encalha a própria liberdade individual.

    Além do mais, convém sublinhar, como já tem sido esclarecido, que o que está em causa não é a defesa ou promoção do aborto, mas sim a despenalização do aborto. Que é uma questão inteiramente diferente. O que se está a referendar é se as mulheres devem obrigatoriamente ser penalizadas e criminalizadas por um gesto já de si tão devastador a nível emocional, e que tanto sofrimento traz a quem se vê obrigada a fazê-lo.

    Pensando com a consciência, acha mesmo correcto que a lei criminalize desta forma uma decisão consignada pelo livre-arbítrio de cada um? Não será uma hipocrisia ter um enquadramento legal que no fundo acaba por condenar tantas mulheres à morte, graças à forma subversiva como têm de realizar a operação? Pense bem, quem é quem para decidir sobre a vida do outro? Seja da mãe, seja da criança?...

    Não seria antes prioritário apostar na divulgação de uma elucidativa e esclarecedora educação sexual para os jovens, para que não se transforme o aborto numa solução contraceptiva? Já repararam na abundante publicidade a preservativos como prevenção de Sida, mas nunca como forma de evitar uma gravidez indesejada? A informação tem o poder de mobilizar uma acertada tomada de decisão, convém lembrar.
    No entanto esta é uma discussão que obviamente não termina aqui.

    O que nunca nos poderemos esquecer é que a escolha é sempre nossa, só nós saberemos o que fazer e qual a opção que devemos seguir. A isso se chama Liberdade de Escolha. E todos devemos saber respeitá-la.

    (Alexandra Solnado)

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  3. porque afinal Deus nos deu o livre-arbítrio... e isso ninguém nos pode tirar..

    cada qual faz suas escolhas, ha que respeitar... o que é bom para ti, pode não ser bom para o outro e vice-versa.

    Amizades. (nani75)

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